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quinta-feira, 22 de novembro de 2012

07 - Lembranças


Demi on
Depois que eles foram embora, não pude evitar o enorme sorriso que surgiu em meu rosto. Havia adorado aquele beijo!... Mas então relembrei o motivo da minha tristeza e raiva. Não conseguia entender como uma mulher podia ser tão fria e repugnante. Se ela soubesse como é difícil à vida sem uma mãe, não teria feito isso com Sam.
Tudo isso me fez relembrar meu passado, de todos os momentos ruins.
__________Flashback__________
- desculpa papai... Eu não queria! Me desculpe... Eu não sei o que fazer. – chorava desesperada, havia acabado de chegar da casa do meu namorado, estava tudo fora do meu controle. Nunca havia sentido tanto medo em toda a minha vida.
- calma, pequena, papai tá aqui! Tudo vai se resolver.
Ele passou a noite comigo. Ele havia sido mais do que o melhor pai do mundo.
[...]
- não! Por favor, liguem pra ela, digam que estou precisando dela aqui, ela vira tenho certeza! – eu estava em uma maga. Lembro-me do branco extremante claro do hospital, o cheiro de dor, morte e sufoco que aquele lugar possuía... Meu corpo estava com sangue, meu braço tinha um osso exposto e sentia fortes dores no ventre... Mas o pior foi receber a noticia da morte da minha mãe. Eu há algumas horas havia sofrido um acidente de carro com minha mãe.
- pequena... Eu também não queria isso... Mas você terá que ser forte. – eu conseguia ver a tristeza nos olhos dele... Lagrimas teimavam para não cair dos olhos do meu pai, ele queria ser forte para mim, mas eu sabia, melhor do que ninguém, o quanto a morte dela estava o machucando. E de novo ele estava sendo mais do que o melhor pai do mundo.
[...]
- pare, pare com isto Demetria. – David, meu irmão mais velho, entrou no meu quarto exaltado, pois ele me viu com um estilete, e eu cortava meu próprio pulso... Aquela, com certeza, foi a pior fase da minha vida... Mutilava-me, bebia até cair no chão, todos os meus amigos haviam sumido e as drogas me faziam ficar mais doente a cada dia. O meu cabelo era opaco, sem brilho e caia aos montes, minha pele estava seca e sem vida, estava magra... Morrendo aos poucos.
- me deixe David... Quero morrer! Perdi minha mãe... Perdi o meu... – eu não consegui terminar a minha frase, doía lembra tudo aquilo. – perdi tudo!! – eu chorava desesperadamente.
- eu também perdi a minha mãe, não esqueça que ela também era minha! Dem, você é a minha pirralha! E eu te amo muito, eu e o papai, nós estamos aqui pra te amar por todo o mundo. Isso tudo vai passar.
Ele passou a noite comigo, dizendo que tudo ficaria bem e me consolando.
[...]
- não chore, eu vou realizar meu sonho! – sorri para ele.
- irei sentir tanto a sua falta filha! – meu pai chorava e soluçava no aeroporto de São Paulo. Mas ele, melhor do que qualquer um sabia que eu precisava dessa viagem.
- vai vim nos visitar, né pirralha?? – perguntou David
- Logico! Virei todos os anos, passar Natal e Ano Novo aqui.
- minha filha! Quero que você torne todos os seus sonhos reais, forme uma família, abra seu restaurante... Mas antes de tudo isso, viva intensamente... Quando encontrar um homem que faz teu coração bater mais rápido apenas se entregue querida, deixe que ele cuide de você. Já que não estarei por perto para fazer isso. – meu pai tinha lagrimas que teimavam em cair, sabia que tudo aquilo que falara lembrava a minha mãe.
- vou fazer isso papai. – eu o abracei forte.
- chamada par o voo 775 com destino a San Diego, portão de embarque 2.
- é o meu, tá na hora. – eu os abracei e segui para a minha nova vida.
__________Flashback__________
Lembro tão bem daqueles doloridos tempos, que ainda podia sentir as dores da minha perda. Eu tinha apenas 18 anos quando tudo aconteceu. Minha vida havia ficado de cabeça para baixo de uma hora para outra.
Tais lembranças fizeram-me subir ao meu quarto e pegar uma pequena caixa, que já não abria fazia anos. Lá tinha fotos de vários momentos do meu passado.
Estavam todas espalhadas, em minha cama. Eu as olhava e pareciam moverem-se, contando todos os fatos que ocorreram quando foram tiradas. Lembrava-me cada detalhe, de todas. Mas havia uma... Já estava amarelada, com pequenos buracos, feitos pelas traças, mal se dava para ver as pessoas da fotografia... Mas eu sabia muito bem quem eram. Eu e Sterling. Aquela foto tinha sido tirada no nosso aniversario de três anos de namoro, antes de tudo acontecer. Na foto ele abraçava-me por trás, nossas mãos estavam entrelaçadas sobre minha cintura, estávamos em um jardim, eu era tão feliz, mas aquilo me lembrou da pior noite da minha vida.
__________Flashback__________
- Ster, eu não sei o que fazer! – falei chorando... Tinha medo de tudo aquilo, estava desesperada.
- meu amor... Por que... Porque não fazermos... O que... O que a Tif sugeriu?? – ele gaguejava, pois sabia que eu não concordaria com aquilo nunca.
- NÃO!! Tudo menos isto. Eu não vou o fazer!! – exaltei-me um pouco com sua sugestão, confesso que também me surpreendi.
Ele me sentou no sofá branco de couro que tinha em seu quarto, ajoelhou-se na minha frente e pegou minhas mãos. Assim eu via seu olhar e ele parecia tão frio e repugnante. – pense Demi... Ainda somos novos, temos muito que viver e realizar nossos sonhos... Agora tão é hora para isso, vai acabar com tudo que planejamos.
- você não o quer, não é?? – lagrimas silenciosas, saíram dos meus olhos compulsivamente, eu não gritei. Não fiquei histérica. Olhei fundo em seus olhos. Ele não precisou falar nada, pois eu já sabia sua resposta. O homem que pensei me amar estava abandonando-me justo no momento em que tanto precisei dele... Lembro-me da sensação, eu não sentia o sofá em que estava sentada, se estivesse em pé teria caído, meu coração parecia esta sendo esmagado por suas mãos, mas na verdade era seu olhar que fazia isso. Sentia raiva dele... Medo, insegurança e sozinha. Minha raiva não apenas dele, também era de mim, sentia raiva de mim mesma por ter acreditado que ele seria o homem da minha vida. Havia sido tão tola.
- ótimo Ster!! Acabou! O nosso namoro acabou.
Não corri, apenas andei ate a porta, com a esperança de que ele, no ultimo estante, gritaria meu nome, viria ate mim, me beijaria e diria que me amava e ficaria comigo, mas essa esperança era vaga, estupida. Talvez eu fosse estupida por achar que ele faria exatamente como nos filmes românticos. Ora, era tão tola! Ele não vez absolutamente nada, simplesmente ficou sentado vendo-me ir embora, nem ao menos sussurrou um “adeus”... Naquela noite chorei como uma criança que perde seu primeiro cachorro, ou como, na realidade, uma adolescente apaixonada e abandonada.
__________Flashback__________
Meu rosto estava encharcado pelas lagrimas que caiam cruelmente dos meus olhos, lembrar-me daqueles fatos me doíam tanto...
Quando olhei de relance pra um lugar vi uma foto, da qual eu não lembrava, ela estava no mesmo estado da outra, mas nessa havia mais pessoas. Era a foto da minha formatura. Havia nela pessoas que já não via há anos, outras que via de vez em quando... Mas o que me chamou atenção foi uma bela loira de cabelos cacheados e olhos azuis. Taylor.
__________Flashback__________
- Demi... – chamou-me Bridgti – quero que conheça a minha irmã! Taylor essa é a Demi – Brid falou apontando pra uma loira de olhos azuis, o sorriso dela era lindo. Ela tinha uma pele alva, que dava um brilho intenso aos seus olhos azuis, os mesmos tinham uma cor de mar, isso... Os olhos dela lembravam o mar. Linda. Essa era a definição de Taylor. – Demi essa é a Taylor.
- prazer Taylor – a cumprimentei com um aperto de mão.
- prazer Demi. A Brid fala muito de você!
- espero que seja de bem.
Lembro que conversei mito com ela e tempo depois éramos intimas, mas alguns anos depois eu vim para San Francisco.
__________Flashback__________
Aquele nome, o rosto, a discrição feita por Joe, ficaram em minha cabeça e surgiu uma duvida: será que a Taylor, irmã de Bridgti, era a mesma Taylor mão de Sam?? Lembro que a Taylor que conheci não era tão fria, era uma mulher alegra, tinha sonhos, na época não tinha nenhum namorado, ou se tinha não o mencionava, mas elas tinham algo em comum: eram modelos. Eu não conseguiria ficar com essa duvida, então resolvi ligar para Selena que tinha o numero de Brid, elas de vez em quando se falavam.
####Ligação####
- alô. – com certeza Sel estava dormindo.
- que é Demetria?? – e mal humorada.
- Sel, você ainda tem o numero da Brid??
- eu não acredito!! Você me liga de 00:30 pra me pedir o numero da Bri??
- foi – falei com um pouco de medo, ela sempre fica de mau humor quando a acordavam.
- ah Demetria, vá se fuder! Amanhã eu procuro a porra do numero, agora me deixe dormir e você deveria fazer o mesmo.
Devo dizer que ela desligou na minha cara??
####Ligação####
Mas que vadia!! Eu só queria a porcaria de um numero. Eu não conseguiria dormir com essa duvida.
Olhe pra os retratos em minha cama e de novo um chamou minha atenção. Na verdade não era bem um a foto, era uma folha. Um cronograma, que eu e minha mãe havíamos feito. Estiquei-me um pouco para poder pega-lo, a folha estava frágil, tinha que ter o máximo cuidado, abri-a lentamente, ela estava como todas as fotos: amarelada e com pequenos furos, mas tinha rasuras em algumas das dobras. Dentro tinha uma lista cujo objetivo era guiar-me caso mamãe morresse, alguns itens já haviam sido riscados, ou seja, eu já os havia cumprido. Havia apenas um item. Eu ainda não havia o cumprido.
__________Flashback__________
- mãe, se um dia a senhora não estiver mais comigo?? – eu perguntei a minha mãe, que estava sentada em um a cadeira de balanço. Nós estávamos na casa de campo da família, lembro-me da bela vista da praia. Era por do sol, as gaivotas voavam e cantavam, tinha arbustos com flores perto da casa, era outono a visão mais linda de toda minha vida.
- querida, terá seu pai e o David. – ela estava com um manto cobrindo suas pernas, eu estava sentada ao seu lado em uma pequena cadeira, que fazia conjunto com uma linda mesinha de mármore.
- mas a senhora sempre ta comigo, como vou ficar sem você pra mim guiar? – eu tinha apenas 8 anos, e a ideia de perder a minha mãe me aterrorizava. Esse medo todo vinha da recente descoberta do câncer que mamãe teve. Naquela época David tinha 11 anos e chora todas as noites comigo.
- sabe? Querida... Quando sua avó morreu, agente fez um cronograma.
- o que é isso?
- é uma programação para sua vida, se a mamãe morre é só seguir o que está escrito e será feliz. – minha mãe sorriu doce como sempre fazia, ela me pôs no colo, eu peguei uma folha e uma canetinha.
- vamos.
Ela pegou a folha e desenhou a sua mão, onde vez pequenas linhas. – com 10 anos irá se apaixonar! – ela escreveu na primeira linha entre o dedão e anelar. – 11 anos será presidente do grêmio estudantil. – rabiscou a segunda linha, um pouco a ciam da outra. – 15 anos dará seu primeiro beijo, será líder de torcida, e vai namora um cara legal, mas esse não será o cara certo para você, é apenas uma experiência. – mais um rabisco a cima do anterior. – 16 tomara seu primeiro porre... – mais um, como os outros a cima do anterior. – e seu segundo namorado esse será o mais maduro e te ensinará sobre o desejo do homem e da mulher. Com 18 o terceiro... – mas um rabisco – esse a terá por inteira, como mulher, não entre na faculdade com 18, aproveite a vida tenha experiências....
- experiência em que?
- quando tiver idade saberá, mas continuando: faça loucuras, viaje, conheça lugares, pessoas, faça tatuagens e só então com 20 entre na faculdade – outro rabisco – faça aquilo que goste e siga seus sonhos. 25 anos: o amor. O amor de verdade – o ultimo rabisco, o qual ainda não havia cumprindo. - quando encontra-lo ira formar uma família e seja feliz.
- mas se algo mudar??
- então apenas siga seu coração.
__________Flashback__________
Quando penso que poderia ter seguido aquele plano, que poderia ter evitado tudo que me aconteceu...
Eu tinha saudades dala. Ela venceu o câncer, mas quando eu tanto precisei ela morreu. Eu me sentia só, sem apoio, sem alguém especial pra me segurar caso caísse, pela primeira vez eu queria ter cumprido o ultimo item, queria um amor... Pela primeira vez aquela cama parecia gigantesca, me fazia ver que estou sozinha realmente... Queria que aquele espaço fosse preenchido por um corpo, um corpo másculo, alto,de cabelos negros e olhos castanhos, queria que aquele vazio fosse coberto por um homem. Joseph.
 Continua.....

Olá meninas descopem pela demora*-* Mas o cap ja ta ai e muitooooooooo obrigada pelos coments, achei todos muito lindo :3
Ja sabem 5 coments pra o proximo
Beijinhos :*              Respostas Aqui

sábado, 3 de novembro de 2012

06 - A Historia De Sam (Homenagem a Lucas Nascimento e Rayanne Monick *--*)


Eu já podia sentir a sua respiração em meu rosto, tinha os olhos fechados e chegava cada vez mais perto do paraíso que deveria ser o beijo de Demetria.
- é melhor eu ir chamar a Sam.
Ela saiu rapidamente da cozinha e foi pra sala, me deixou com os olhos fechados e eu bati a cabeça levemente contra o balcão. Ela havia mexido comigo, eu quase podia sentir o beijo dela, os lábios, aquela mulher estava brincando comigo. Mas tinha que me recompor. Levantei-me e desliguei o fogo. Porém algo ainda tinha ficado em minha mente: como ela sabia o que faria mal a Sam, se nem gostava de crianças?? Mesmo tendo irmã mais nova e sobrinha... Afinal não era ela que cuidava das crianças, isso era muito estranho.
Logo nós saímos da minha casa e seguimos para a dela. Quando entramos, Demetria logo se dirigiu para a cozinha, nós a seguimos, depois ela pegou alguns pratos que estavam cobertos.
- gostão de lasanha? – falou descobrindo os pratos e colocando-os no forno.
- adolo. – Sam abriu seu enorme sorriso e se sentou a mesa.
- todo ser gosta Demetria. – falei sentando ao lado de Sam.
- eu prefiro algo mais saudável, como um escondidinho. (gente eu não sei se onde vcs moram tem isso, mas minha mãe faz um que é ótimo).
- o que é isso?- perguntou Sam.
- é uma comida brasileira. Eu a faço lá no restaurante. – ela prendeu o cabelo em um coque e foi pra o fogão, fazer algum molho da lasanha.
Agora eu tinha a certeza, de que era verdade quando Taylor dizia que o Brasil produzia belas e perfeitas mulheres.
- você podia fazer isso pla minha festa!
- eu até faria Sam, mas esse é um prato mais sofisticado, é mais recomendado para um jantar. Mas eu posso fazer brigadeiro.
- eu já ouvi falar, a Meg, minha amiguinha, disse que a baba dela faz e que é muito gostoso.
- é uma delicia você vai amar. Joseph quando vai ser a festa?
- primeiro: só Joe; segundo: á Sam marcou com as amiguinhas dela para sexta-feira tudo bem pra você?
- tá ótimo. Na quinta eu posso ir à casa de vocês, para fazermos os doces tudo bem?
- ok. – respondi.
Quando a lasanha estava pronta, Demetria a pôs na mesa, tinha um cheiro maravilhoso, depois pegou o molho e o colocou sobre o prato. Aquilo deixou a comida com uma aparecia muito mais apetitosa. Nós ficamos conversando sobre coisas bobas enquanto comíamos aquela bela lasanha.
- então Sam já sabe o que quer de doces para a sua festa?
- chocolate, bala, pirulito, chiclete, algodão doce, muito biscoito e marshmallow, mas tem que ser muito marshmallouws, porque eu amo eles. – Sam fazia gestos exagerados como os bracinhos de apertava as mãozinhas.
- ok, pode deixar que eu sei onde vende os melhores marshmallows de todos os tempos, mas assim... Porque em vez do chocolate não fazermos brigadeiro??
- é bom? – perguntou Sam com os olhos esbugalhados.
-é ótimo! Esperem que, eu vou ver se tenho os ingredientes para fazer. Eu tenho certeza que vocês iram amar. – Demetria levantou-se e foi na geladeira e pegou uma lata de leite da moça (gente eu não sei se lá vende leita da moça), depois foi pra as prateleiras pegou achocolatado e manteiga.
Eu e Sam ficamos observando os movimentos dela. Primeiro ela pôs a manteiga, esperou a mesma derreter, depois foi o leite da moça e por ultimo o achocolatado, ficou mexendo até a mistura ficar preta e grosa (gente eu não sei se é assim que vocês fazer brigadeiro, mas eu faço assim e fica uma delicia).
- prontos para comer o melhor doce da vida de vocês? – falou colocando o tal brigadeiro em um prato e nos entregando as colheres.
- é né?.... – fiz uma careta estranha que arrancou um pequeno sorriso de Demetria.
- não é ruim. Eu garanto. É uma delicia.
Sam pegou um pouco e pôs, na boca, segundos depois sentiu o queimar do doce. Os fatos seguintes ocorreram rapidamente: Sam começou a gritar, pois o doce ainda estava quente, quando fiz menção de levantar Demetria a pegou no colo e pediu-me pra pegar água para minha pequena, depois ficou ninando-a.
- a língua ainda dói? – perguntou Demetria.
- eu num sinto a minha língua! Vou ter que arrancar! – Sam choramingou.
- que isso pequena! Ela só tá queimada, daqui a pouco passa. – eu cheguei das duas e acariciei o rostinho da minha princesa.
- eu num quelo mais isso! – ela cruzou os braços e fez bico.
- mas é muito bom Sam. Não é porque algo te machucou uma vez, que isso irá acontecer de novo.
- é pequena você tem que arriscar de vez em quando.
- mas se machucar de novo?
- ai agente cuida de você de novo. – falou Demetria amavelmente enquanto alisava os cabelos loiros de Sam.
- tá bom. – minha pequena concordou. Demetria pegou um pouco do doce, sobrou e pôs na boca de Sam, que fez uma expressão estranha. – hm... eh gostoso!!! – ela abriu o mais belo sorriso do mundo.
- agora é a minha vez. – pus um pouco a boca e era realmente uma delicia. – muito bom brasileirinha.
- eu sei. – ela se gabou. E eu sorri de canto, ela era tão linda.
- vamo assisti bob-esponja??
- vamos, cê vem Joe??
- vamos.
Nós fomos, para sala, e Demetria colocou na Nick, Sam deitou- se no sofá deixando a cabeça no colo de Demetria e as pernas nos meus. Assistíamos enquanto comíamos o brigadeiro. Pouco depois Sam já dormia, mas também quem não dormiria enquanto recebe o cafune de Demetria??
- eh... Joseph!
- sim? – falei sem tirar os olhos da televisão, eu gosto de bob-esponja, posso??
- o que aconteceu com... com... com a mãe da Sam?? – murmurou, acho que com medo da minha reação.
- por que quer saber?? – a fitei.
- curiosidade... mas se não quiser falar, não tem problema. – apresou-se a falar.
- é uma historia complicada.
- entendo. Mas não consigo enxergar um motivo para que a mãe dela não esteja aqui. A não ser que ela... esteja morta. – e novamente murmurou, mas dessa vez apenas a última parte.
- antes fosse, seria bem melhor. A mãe de Sam é uma vadia, me desculpe à expressão, mas não encontrei outra palavra que a visse juiz.
- ela o traiu?? – arriscou-se ela.
- não. Já que está tão curiosa eu vou lhe contar. Lembro bem dos anos que passei com  ela.
__________Flashback__________
Quando a conheci eu estava no último ano da faculdade de administração. Ela fazia artes sínicas e estaca começando a carreira de modelo. Eu a conheci por meio de Ashley, uma grande amiga, que na época fazia jornalismo.
- Joe, tenho que te apresentar uma amiga!! - gritou Ashley no meio da faculdade. Ela vinha puxando uma linda garota que tinha cascatas loiras caindo sobre os ombros, uma pele branca e de longe se via os lindos olhos azuis. – olha, essa é a Taylor, Taylor esse o Joe.
- prazer Joe! – ela estendeu a mãe e eu puxei para beija-la no rosto. Lembro-me dos olhos azul feito a água do mar, eram tão penetrantes.
- o prazer é tomo meu Taylor.
Depois daquele momento nós saímos sempre, mas todas as vezes eram com nossos amigo. Eu havia ficado louco por ela.
Semanas depois eu havia criado coragem para chama-la pra sair, quando nós conhecemos melhor, vi que meu e ela tínhamos muito em comum, coisas como: querer conhecer o mundo antes de termos filhos, ou até mesmo não tê-los. Nós éramos dois imaturos, irresponsáveis, que queria a penas se divertirem.
- sabe Taylor?!... nós temos muito em comum, gosto do seu jeito e acho que você também gosta do meu...
- sim, eu gosto.
- nós já ficamos, eu gostei e você também. Tenho certeza.
- você nem se acha né Jonas??
- ok. Continuando: não vejo porque não termos algo mais serio, eu quero você como minha namorada.
Ela olhou pra mim por mais alguns estantes antes de me beijar e murmurar um “sim”.
Nosso namoro durou três anos, mal brigávamos e o sexo era excelente. Eu não a amava e não pretendia casar com ela. Já trabalhava na imprensa e a carreira dela estava decolando. Tudo estava perfeito, até o dia em que ela descobriu que estava gravida.
- Joseph, eu não posso ter esta criança.
Ela chorava desolada em meus braços, sabia s que uma criança naquele momento não seria bem vinda. Eu não tinha tempo, vivia pera impressa e Taylor para a carreira, mas eu não podia simplesmente fugir, eu não era, não sou de fugir.
- calma Taylor, vamos resolver tudo.
- você não entende! – ela levantou-se alterada – EU. NÃO. QUERO! NÃO POSSO TER ISTO AGORA! ESTA COISA ACABARIA COM TUDO PELO QUAL LUTEI. EU NÃO QUERO SER MÃE JOSEPH, NÃO SUPORTO CRIANÇAS.
- e o que pretende fazer?? Aborta??
- se for preciso: sim – ela falou tão naturalmente, que chegou a assustar-me – pense Joseph, você não tem espaço para uma criança em sua vida agora. Você e nem eu temos. – ela ficou de joelhos na minha frente e segurou a minha mãe, enquanto me fitava.
- VOCÊ NÃO PODE FAZER ISSO!! – dessa vez quem se alterou fui eu – VOCÊ ESTA CERTA. MAS É UMA CRIANÇA TAYLOR E MESMO NÃO TENDO O ESPERADO EU NÃO A QUERO MORTA. É MEU FILHO, EU NÃO SERIA CAPAZ DE MATAR MEU PROPRIO FILHO.
- E O QUE QUER QUE EU FAÇA?? ARRUINE A MINHA VIDA??
- tenha calma. Vou conversar com meu pai, ele sempre tem solução para tudo, não faça nada ate a amanhã.
Quando sai da casa dela fui direto para a dos meus pais. Conversei com meu pai, ele disse que eu deveria assumir o bebe e não deixar Taylor abortar.
No dia seguinte fui a casa dela. Conversamos. Terminamos. Fizemos um acordo, no qual ela teria a criança por dois milhões de dólares. Sempre soube que Taylor era ambiciosa, mas não ao ponto de vender a própria filha. Lembro-me bem das suas palavras “só terei isso por dois milhões de dólares”.
Durante toa a gestação Taylor não participou em nada ligado ao bebe, não olhava as ultrassonografias, não comprou o enxoval, não ajudou na escolha do nome, não teve desejos, ela simplesmente ignorou o fato de ter um filho. Quando Sam nasceu ela não a olhou, não a pegou no colo, recusou-se a amamenta-la, sorte que uma mulher que trasbordava lei se ofereceu para amamentar a minha filha. Quando Taylor foi liberada do hospital pegou o dinheiro e sumiu.
__________Flashback__________
- por isso que tenho certeza de que Sam não precisa saber nada sobre a mãe.
Demetria não falou. Ela apenas levantou vagarosamente e foi em direção à cozinha. Eu apenas a segui. Quando entro na cozinha ela está bebendo água e tremula, parecia com raiva. Ela pôs o copo na bancada, quase o quebrando.
- diga que está mentindo. – disse entre dentes.
- não estou.
- COMO É POSSIVEL EXISTIR UMA MULHER DESSAS?? COMO ELA PODE SER TÃO FRIA E VADIA?? SE ESSA DESGRAÇADA SOUBESSE QUANTAS MULHERES NO MUNDO QUEREM UM FILHO!! SE ELA SOUBESSE O QUE EU PASSEI!! ESSE SER NÃO PODE EXISTIR!! NÃO SE VENDE UM FILHO JOSEPH!! NÃO O SE NAGA!! Uma mãe tem que amar um filho mais do que a se própria – ela no começo gritava de raiva, mas agora tinha uma voz calma. Ele fitava um vazio do lugar e nos olhos tinha lagrimas – um filho é uma parte da mulher, ´e um ser que a mãe deve amar. Uma criança não vive sem mãe, sem seu carinho, sem o olhar materno, sem o aconchego dos braços de uma mãe. Se essa mulher soubesse o quanto... o quanto eu sofri, não teria feito o que fez com Sam.
Aproximei-me dela, toquei seu rosto, fazendo com que o mesmo se virasse para que eu pudesse ver os olhos cheios de dor. Ela tinha em seus olhos um misto de dor e raiva que se misturavam nas lagrimas que caiam dos mesmos. Eu queria entender o que se passava, mas apenas a abracei e em meu peito ela se desfez em lagrimas.
- oh Joseph... Sua filha é tão perfeita. Parte-me o coração saber que ela tem um monstro como mãe.
- em mim também Demetria. Sam é tão frágil e adorável, que tenho medo do dia em que ela desejará saber a verdadeira historia sobre a mãe. Dói quando chega o dia das mães e ela é única na sala que não tem mãe, dói mais ainda quando a escuto chorando, pedindo a Deus que a dê uma mãe. Um dia Sam me perguntou “papai eu sou uma criança má??” – Demetria afastou-se um pouco, apenas para fitar-me – eu disse “não Sam, você é perfeita” então ela disse “então porque a minha mãe não está aqui?? Ela não me quer?? Eu posso melhorar papai, paro de pedir presentes, durmo cedo, não arengo, faço tudo que ela pedir, eu só a quero aqui, comigo”. Ela passou a noite chorando e eu fiquei com ela ate adormecer.
Demetria me abraçou e nós choramos. Acho que aquele abraço era o que eu mais precisava no momento. Mão chorava por causa de Taylor, chorava pela minha pequena, pois ela sofria e eu, como pais, sentia. Os motivos de Demetria eu não sabia, mas queria. Queria protege-la, segurar seu rosto entre minhas mãos e dizer “vai ficar tudo bem meu amor”.
- desculpe... Eu não sei o que me deu.
- tudo bem, acho que eu também precisava por pra fora.
Demetria estava muito próxima, podia sentir seu hálito fresco. Ela fitava-me intensamente. Seu rosto estava com lagrimas, que foram sendo secadas por pequenos beijos meus, senti-a fechar os olhos quando toquei levemente, com o polegar, seus lábios. Meus beijos foram aproximando-se da boca macia de Demetria. Quando se tocaram senti todo meu corpo acender, meu coração parar por um instante e depois dispara, bombeando sangue para todo meu corpo. Suas mãos eram geladas e foram para minha nuca, as minhas foram para sua cintura e o simples tocar de lábios tornou-se o beijo mais calmo e lento. Os lábios de Demetria eram macios e gostosos, ela mordiscava meu lábio inferior, eu dava leves sugadas em sua língua. O beijo era perfeito. Podia sentir o seu coração batendo contra seu peito, o meu não estava muito diferente.
- Joseph... – ela separou o beijo e suspirou.
- shii... – calei-a com um longo selinho, que logo se tornou em outro beijo.
- não podemos... Sua filha está na sala. – ela tinha a respiração falha, mas deixou nossas testas juntas. Fitávamos intensamente.
-agente não pode. – ela fechou os olhos, era como se seu corpo rejeitasse o que havia acabado de dizer.
- por quê?? E não me diga que é por causa de Sam, você parece adora-la.
- adoro mesmo... – ela novamente fitava-me, mas seu olhar desviou para minha boca – mas já pensou se...
- ela não voltará – interrompe-a, observando os lábios avermelhados, toque-os com o dedão – você já sabe a historia.
- Joe, tem muito sobre mim que não sabe e ainda é muito cedo.
- tudo bem. Concordo que ainda seja muito cedo, sobre você eu posso ir descobrindo aos pouco. - Ela me deu um sorriso e a beijei novamente, e de novo as mesmas sensações. Ela me viciaria naquilo. – é melhor eu ir para casa.
- sim, é melhor.
Nós fomos para sala, eu queria pegar em sua mão, mas não o fiz, pequei Sam no colo. Demetria abriu a porta, mas antes de ir embora a roubei um selinho, não consegui resistir.
- hey! Já que estamos tão íntimos, chame-me de Demi.
- tudo bem. Boa noite Demi.
- Boa noite Joe.
Segui para minha casa com o sabor do beijo dela, por algum motivo ela mexia intensamente comigo. Estava parecendo um adolescente apaixonado.
Continua....

Divulgação: Gente esse é o blog da Mel
             Jemi Vamos Ficar Juntos e Ser Feliz por favor leiam e sigam :D

Agora eu quero explicar o meu sumiço, eu não tenho uma boa desculpa e tal's... como vocês sabem eu tenho uma vida fora do blog e ela tava maio agitada e também tava sem inspiração, mas calma eu vou posta, não vou abandonar vocês, ja tenho outro cap pronto, mas só falta digita e isso me da mta preguiça mas eu vou digitar e ser der, não prometo nada, eu posto outro. MUITOOOOO OBRIGADA PELOS 12 COMENTES DO CAP PASSADO AHHHHHHHH MUITO NINDO :D.... por ter demorado pra posta eu vou querer só 5 coments pro proximo, então por favor comente, eu amo os comentes de você!! Ah e as leitoras novas sejam bem vinda :D
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BEIJINHOS XUXUBIS :*